quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

LÁ COMO CÁ A PRAGA SE ALASTRA

LÁ COMO CÁ A PRAGA SE ALASTRA


Laerte Braga


A maioria dos analistas políticos que se debruçaram sobre os resultados das primeiras primárias do Partido Republicano no estado de Yowa destacaram o aspecto religioso que pode influir de forma decisiva na indicação do adversário de Barack Obama no final do ano.

Oito votos separaram o mórmon Mitt Romney do evangélico – chamado de direita cristã – Rick Santorum mantendo um suspense até o último momento da apuração. Romney disse que os EUA não darão um dólar para salvar a Europa da crise que devasta a zona do euro e Santorum já anunciou que é contra o aborto, contra o homossexualismo e defende políticas duras – vale dizer guerras – contra os “adversários” de seu país (na verdade os EUA são adversários do mundo, da vida).

Na reta final da campanha de 1980, quando Jimmy Carter pleiteava a reeleição contra Ronald Reagan, os números mostravam alguma indecisão do eleitorado e num determinado momento as chances de Carter eram maiores. A ocupação da embaixada dos EUA no Irã trabalhou a favor de Reagan.

Anos mais tarde revelou-se que o acordo para desocupação da embaixada havia sido fechado antes das eleições e foi seguro até alguns dias depois para favorecer Reagan, um fantoche de grupos de extrema-direita. A operação foi conduzida pela CIA e a descoberta veio através de documentos confidenciais trazidos a público nos termos da legislação americana que estipula um prazo para que documentos dessa natureza permaneçam fora do alcance do conhecimento público.

Tal e qual a vitória de George Bush na Flórida em 2000, através de uma fraude num distrito de Miami.

O Irã vai ser novamente o centro das eleições nos EUA. O que não exclui, pelo contrário aumenta, as chances de uma nova guerra do terror de Estado contra um país muçulmano.

Obama, ao contrário de Carter, é cínico e frio o bastante para isso se perceber que sua vitória depende de atacar aquele país. Não importa quantas pessoas possam morrer, importa a vitória eleitoral.

Se juntarmos a imensa e esmagadora maioria da população norte-americana teremos a maior concentração de idiotas arrogantes de todo o mundo, só comparáveis a britânicos e franceses.

Por essa razão vulneráveis a pregação de superioridade racial, de supremacia branca, de farol do mundo (embora FHC reivindique para si essa condição, mas no caso do brasileiro é uma patologia mais simples) e consciência terrorista/hipócrita que sobrevivem do saque e da exploração de povos em todos os cantos do mundo.

Quando o mórmon republicano Mitt Romney diz que não dará um dólar para a Europa está apenas fazendo um discurso eleitoral. Sabe que os países da Comunidade Européia são colônias norte-americanas, imensas bases militares chamadas de OTAN – Organização do Tratado Atlântico Norte – e que as responsabilidades de seu país em relação àquela parte do mundo (em processo de extinção como a conhecemos) são plenas.

O debate religioso que encobre campanhas eleitorais em vários países do mundo é tão somente a hipocrisia de um lado, o fanatismo de outro, não deve demorar muito para que algum candidato se proclame o novo messias. Sarah Palin tentou. A despeito das belas pernas (que fazia e faz questão de exibir quando defende a moral e os bons costumes a moda medieval) não conseguiu.

Santorum tenta recuperar o discurso.

A rigor os EUA vivem um processo de decadência. É a História implacável com os grandes impérios. O risco é a clássica boçalidade de norte-americanos montados em perto de cinco mil ogivas nucleares prontas a destruir o planeta cem vezes se necessário for.

Não é impossível que a estátua da Liberdade seja devolvida aos franceses e Silvéster Stalone vá ocupar o seu lugar, travestido de Rambo num misto com Rocky o Lutador.

As eleições nos EUA têm, neste ano, um novo ingrediente. O aumento das forças chamadas de “direita cristã” traz consigo grupos anti semitas, o que vai obrigar a banqueiros e empresários que controlam ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A a gastos maiores para manter o controle do complexo.

Começa a ganhar força nos EUA – um fato constatado nos últimos anos – o anti semitismo, fenômeno clássico em países com características nazi/fascistas, mesmo que o sionismo seja uma variável desse espectro terrorista.

Por aqui a GLOBO (em todas as suas frentes) começa o delírio de transformar essas eleições em algo vital para o Brasil e criar em cada brasileiro um torcedor por esse ou aquele candidato. Vários especialistas já estão sendo convocados a opinar sobre o assunto.

São os deveres com a matriz. Se não houver cuidados especiais William Waack pode ter orgasmos ao vivo em seus programas todas as vezes que o tema for tratado e a bandeira norte-americana aparecer.

Isso deve ser depois do Big Brother Brasil, o bordel televisivo da família brasileira. Cristã e ocidental e cada vez mais sem rumo e direção, acreditando piamente que Edir Macedo salva alguma coisa além do seu.

Esse debate religioso na política seria uma comédia não fosse trágico. Em Israel, uma das matrizes do terror de Estado, a menina Naama Margolese, filha de imigrantes norte-americanos – judeus – foi chamada de prostituta por grupos radicais (apóiam o governo de Benjamin Netanyahu) por não se vestir de acordo com as “tradições”. No caminho para a escola além de insultada recebe cusparadas dos “emissários divinos) o que tem lhe valido proteção policial desde que denunciado o fato.

Na fúria religiosa que parece vai ser o centro do debate eleitoral nos EUA, mesmo disfarçada em temas políticos, econômicos, sociais e militares, com toda a certeza vai sobrar para o líder nazista que governa o Vaticano, Bento XVI. A pedofilia deve ser um dos alvos da “direita cristã” e grupos não cristãos.

No fundo o que é interessa aos que controlam o complexo ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A é manter intactos e sempre crescentes os arsenais para ações como a contra a Líbia. Destruir para depois “reconstruir”. O resto é adereço, um prolongamento do BBB que a GLOBO vai impingir aos brasileiros até o dia da eleição. Haja William Waack, haja Miriam Leitão.

Lá como cá a praga da religião como instrumento político se mantém intacta e se alastra cada vez mais, mesmo depois de Billy Graham ter ascendido aos céus.

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