“EU NÃO. EU SOU DEUS”
Laerte Braga
Quando
o ex-presidente Fernando Henrique diz que “o PSDB não é farinha do mesmo saco”,
não estava querendo defender o partido. Isso é o que pode parece à primeira
vista. Estava defendendo a si, largando os “amigos” (não tem, tem cumplices) na
chuva e cuidando de sua própria pele.
É
deus, privatizou o mundo em seis dias e depois foi a Camp David passar o sétimo
com Bil Clinton onde recebeu a mala pelos serviços prestados.
O
que está dizendo é que não o confundam com Serra, com Alkmin, com Aécio, com
Álvaro Dias, com Portelinha, Azeredo e toda a corja. Ele não. É deus e está
acima do bem e do mal. O que fez não importa se eivado de corrupção, importa
que ele é “deus”.
Parênteses.
No
caso de Aécio estar no PSDB é falta de vergonha na cara, ou já está num estado
de depauperação mental irrecuperável. Tancredo tinha horror de FHC.
Fernando
Henrique percebeu a gravidade do caso do metrô paulista e sente o cheiro da
podridão que exala da REDE GLOBO, donde podem surgir segredos aterradores do
seu governo, falo da sonegação fiscal de 600 milhões.
A
GLOBO sempre foi fétida, só que agora o cheiro está chegando com insuportável
odor às ruas.
São
as duas grandes questões pontuais que vive o País nesse momento e são elas que
devem fazer parte de qualquer bandeira de protesto, onde quer que se vá. no
território nacional, ao lado das grandes causas, a Constituinte Popular, por exemplo. São
produtos da podridão e da falência do Estado desde a época da ditadura militar.
Um
corpo corroído muito mais pelos corruptores, principais acionistas desse Estado
(bancos, grandes empresas, latifúndio, templários evangélicos, que pela
corrupção, que é consequência (a bancada evangélica é uma espécie de ordem dos
templários da Idade Média, mas caricata, latifúndios são pistoleiros do velho
oeste e banqueiros e grandes empresários são a OPUS DEI).
O
sistema político eleitoral brasileiro permite que os corruptores elejam e
mantenham a maioria das casas legislativas, prefeituras, esse adereço desnecessário
câmaras municipais, governos estaduais, assembleias e as duas casas
legislativas nacionais, uma delas a chamada representação popular, a Câmara dos
Deputados e a outra, outro adereço desnecessário, o Senado, representação dos
estados de uma federação que não existe exceto no papel.
Nosso sistema judiciário é uma teia de não
resolve nada e isso é proposital. Quem vai ter peito de encarar o mea culpa no
erro do “mensalão? Todo o arcabouço do Estado brasileiro guarda consigo “preciosidades”
do Brasil colônia, do Brasil império e das várias “repúblicas” que tivemos ao
longo de nossa História, mas sempre sob o controle das elites econômicas. O
caráter democrático, que é também o
caráter humano que deveria prevalecer não existe.
E
aí, entra FHC, como entra o grupo GLOBO, como entram os que compram e se
beneficiam do que na verdade é a diferença de classes, que por sua vez nos
remete à luta de classes, necessária e fundamental para a construção de um
Estado democrático. Aquele em que o trabalhador decide ao invés de ser alvo de
gás lacrimogênio ou gás de pimenta, além da borduna da excrescência Policia
Militar, outra “preciosidade” que trouxeram de antanhos.
Neste
momento temos o que se chama de “condições objetivas” para buscar mudanças
estruturais indispensáveis, a não ser que queiramos aceitar o papel de zumbis
em função dos interesses dos donos. Não mudanças totais, plenas, mas portas
para a construção de um futuro socialista.
No
Brasil e em quase todos os países, há um problema complicado. Classe média. Come
arroz e feijão, deve horrores ao banco para ter carro do ano e arrota maionese.
Pior, lê VEJA e acha que o JORNAL NACIONAL é o ponto de referência da verdade
absoluta. Extasia-se com o ET de Varginha.
No
caso específico de FHC um safardana de grande porte, amoral, logo destituído de
qualquer principio e que em sua versão fumante de charuto cubano acredita que
tudo é obra dele.
E
que numa frase, como a que disse, falou para fora uma coisa, falou para dentro
outra coisa, até porque se chegarem a ele respingos desse processo do metrô, da
GLOBO, o risco de retaliação é imenso. É detentor de segredos desde alcovas a
gabinetes escuros e sombrios como aqueles que Drácula usa e não vai ter
escrúpulos em esgrimá-los a seu favor.
É
característica do amoral.
Foi
o que ele quis dizer.
“EU
NÃO. EU SOU DEUS”.
O
PSDB não é farinha do mesmo saco só, é um tipo de farinha predadora e que ao
invés de alimentar devora.
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