A informação é do site Brasil247:
"O Partido dos Trabalhadores acaba de entrar com representação criminal contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em razão do aeroporto construído em terras que já pertenceram à sua família, no município mineiro de Cláudio; petição ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede também que se investigue por que o governo mineiro optou pela fazenda de Múcio Tolentino, tio de Aécio; coordenador jurídico da campanha da presidente Dilma, Flávio Caetano diz que denúncia é 'gravíssima', porque 'além de mostrar que há um beneficiamento privado de algo que seja público, também há relação da empresa que fez o aeroporto com doações de campanha ao senador Aécio'."
É óbvio que algo assim precisa mesmo ser investigado e, se for constatada alguma irregularidade, levado à Justiça.
Mas, o tal aeroporto foi entregue em 2010 e o questionamento só ocorre agora, em plena campanha presidencial de 2014, na qual Aécio Neves parece ser a principal ameaça à reeleição da presidenta Dilma Rousseff.
Fica a impressão de que tais práticas só provocam tamanho alvoroço quando servem como munição nas escaramuças eleitoreiras dos políticos. Fora da temporada de caça ao voto, uns não estão nem aí para as (reais ou supostas) maracutaias dos outros.
Pior: logo vem o troco e a campanha se transforma numa batalha de tortas de lama, como se o povo devesse optar não por quem lhe oferece perspectivas mais alvissareiras, mas sim pelo menos sujo dentre os sujos.
Não seria mais apropriado estarmos indagando se o candidato vai ou não colocar o País em recessão aguda, como exigem os grandes capitalistas?
Havia otimismo e alegria em 1985, quando saímos da ditadura. Agora, não há mais.
Não seria mais apropriado estarmos indagando se o candidato vai ou não colocar o País em recessão aguda, como exigem os grandes capitalistas?
Havia otimismo e alegria em 1985, quando saímos da ditadura. Agora, não há mais.
Votávamos com orgulho e defendíamos apaixonadamente os candidatos por nós escolhidos. Hoje nosso voto é geralmente uma opção envergonhada pelo que reputamos ser o mal menor.
A militância marcava presença idealista e empolgante nas ruas. Hoje os folhetos são distribuídos por biscateiros tão desanimados quanto aqueles que seguram placas apontando a direção de imóveis.
Não é só no futebol que atualmente perdemos por 7x1. No jogo da democracia a goleada talvez seja ainda pior.
E a culpa é toda nossa, da esquerda, pois somos nós que precisamos convencer o povo de que a sociedade pode ser transformada e vale a pena lutarmos por um mundo melhor.
Para a direita, é lucro avacalhar as eleições e matar as esperanças, fazendo com que todos os candidatos de todas as tendências acabem sendo igualmente vistos pelo cidadão comum como feios, sujos e malvados.
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