A Federação Israelita de São Paulo postou no Youtube um vídeo repulsivo (vocês podem assisti-lo e/ou repassá-lo utilizando este link), no qual compara o estado judeu a um menino mais forte que um espertinho mais fraco provoca sem parar.
Aí, quando o forte dá um murro no fraco, este abre o maior berreiro e todos ficam indignados com o agressor.
Tem lá sua graça, até porque atirar aviõezinhos de papel é mais ou menos o que o Hamas faz.
O final da animação, contudo, peca pela falta de verossimilhança: o simbolismo mais apropriado seria o forte não somente esmurrar o fraco, mas também o matar, esquartejar o cadáver, jogar gasolina, botar fogo e espalhar as cinzas. Aí, sim, se daria uma boa ideia do quanto a reação é desproporcional à ação.
E a mensagem dos patrocinadores, invocando o direito de defesa, esquece os números, que não mentem jamais: na atual temporada genocida, os óbitos palestinos já passam de mil, civis em sua grande maioria, enquanto Israel admite que 40 de seus soldados e dois civis foram mortos. A proporção macabra, desde o início da carnificina, gira em torno de 25 palestinos para cada israelense. Uma escola e um hospital já sofreram bombardeios de Israel.
Nem em comédias de humor negro os assassinos seriais alegam estarem se defendendo de suas vítimas.
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