"O PT está convicto de que, com a continuidade do nosso projeto –e não por meio de concessões às políticas de austeridade antipopulares– será possível suplantar os obstáculos atuais."
Este é, ipsis litteris, um trecho da nota divulgada pela cúpula do Partido dos Trabalhadores nesta 5ª feira, 17. Reparem que o pacote do Levy foi qualificado de antipopular (contrário aos interesses do povo) e não apenas impopular (malquisto pelo povo).
Está corretíssimo, falta apenas acrescentar outros atributos: as políticas de austeridade são, ademais, natimortas (porque jamais sairão do papel, levados de roldão que vão ser pelo desfecho da crise de governabilidade), covardes/perversas (porque sacrificam os coitadezas e aliviam para os poderosos, principalmente os Setúbals e Trabucos da alta agiotagem) e suicidas (porque estão levando as nações à destruição, ao invés de as salvar).
O que deveria decidir o PT, se está convicto de que as medidas antipopulares são desnecessárias para suplantar os obstáculo atuais? Repudiá-las, claro!!!
O que deveria decidir o PT, se está convicto de que as medidas antipopulares são desnecessárias para suplantar os obstáculo atuais? Repudiá-las, claro!!!
Inexplicavelmente as resolveu apoiar, por 11 votos contra 4. Pior do que os 7x1 que a Alemanha sapecou no Brasil.
Não consigo sequer encontrar algum nexo nesta novo tiro no pé. Afinal, o que pretendiam os dirigentes petistas, com este inesperado rasgo de sinceridade antes de comunicarem que novamente colocaram as conveniências à frente dos princípios? Que benefício esperavam colher alegando a própria torpeza sem que isto nem de longe sirva como atenuante para a catastrófica decisão que tomaram?
Vão salvar o governo da Dilma? Não. Apenas associaram-se ao seu definitivo colapso.
Pois quem deveria representar os trabalhadores, mas se acumplicia conscientemente com políticas antipopulares, condena-se à derrocada, ao ostracismo e à irrelevância.
Que morram, pois, abraçados, antipopulares até a medula!
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