Dilma não pede mais a benção do padrinho ... |
Na semana passada, o que há de mais representativo e influente no PT fritou Joaquim Levy como nunca. Ainda assim, Dilma Rousseff declarou que o manterá como ministro da Fazenda. Por quê?
Porque os interesses do partido e da presidenta são conflitantes neste momento.
Como o Juquinha que só pensava em sexo, a Dilma só pensa em evitar o impeachment. Seu ego descomunal impregna cada decisão que toma. Pactuará com o pior demônio do inferno, se for necessário. Mas não admite a perspectiva sair do Palácio do Planalto pela porta dos fundos.
Então, com a popularidade no fundo do poço e cada vez mais mal amada pela esquerda, agarra-se como uma náufraga na única boia que julga poder salvá-la: o grande capital.
Foram os endinheirados que exigiram o arrocho fiscal e Dilma teme que, expelido Levy, parte deles cerre fileiras com a oposição e a outra parte apenas assista ao espetáculo, não movendo uma palha para evitar o impedimento presidencial. Então, ela bate o pé: que fique Levy e que se dane o povo brasileiro!
Pois a recessão não cessará de agravar-se enquanto não for retirado o bode da sala... quer dizer, do governo. Um milhão de coitadezas foram para a rua da amargura. Quantos mais terão de pagar pela irredutibilidade da Dilma?
...e desautorizou publicamente Rui Falcão. |
Já o Lula e o Rui Falcão, ao abrirem o jogo (e o fogo) contra Levy, priorizam a sobrevivência do PT, pois a recessão o está destruindo. Quanto mais tempo persistir a indefinição atual, maior será o estrago.
Ser identificado pelos trabalhadores como o partido responsável pela pior penúria das últimas décadas deverá causar verdadeiros desastres eleitorais. A perda da hegemonia nas ruas foi só um trailer do que está para vir.
Então, os grãos petistas estão fazendo pressão máxima para que a Dilma desista da guinada à direita e reassuma as bandeiras históricas do partido, mesmo que isto venha a ser a gota d'água para o impeachment.
E a presidenta a eles resiste porque coloca sua autoimagem acima do País, do partido, do seu ídolo de ontem e do seu padrinho de hoje, dos ideais que longinquamente a levaram a pegar em armas, dos clássicos marxistas que leu e esqueceu, das agruras dos desempregados e do desespero dos miseráveis, acima até de Deus (caso nele acredite).
Não é nem "depois de mim, o dilúvio!". É "se eu tiver de morrer, que venha o dilúvio e nos mate a todos de uma vez!".
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